quarta-feira, 22 de junho de 2011

anomalia

Espere tudo de mim

menos sentido

2 comentários:

Tiago de Paula disse...

alumalia

luiz gustavo disse...

arquiteto


(ag)ora
o cenário do céu
sem céu e que – as estrelas sabem –
o crepúsculo urra no tédio

eu – arquiteto de cárceres
da memória do cinzazul
desnudo

do que fui além distante

uma e outra
palavra
se es-
vazia
no grito dos olhos
já fúnebres a urdir a poesia

minha voz
já amarga (n)os tentáculos
do tempo e as pedras
que me consomem

este poeta
de ecos desva
irados
(ex)pira e (ex)trai
(d)as rochas duras
(d)o seu caminho
polindo as unhas

ah ! há rugas no papel
entretecido
onde a poesia
a sorver labirintos de granito
explora todo sibilar do seu enigma

a pedra se faz poema
e verte poesia
do próprio ventre
bruta não
quase-paraíso

mas fragmentos
sobre a língua
vestida de fantasmas
e viagens
como um gueto âmbar
sem saída

eu – arquiteto de cárceres
da memória do cinzazul
desnudo

do que fui além distante