alumalia
arquiteto(ag)orao cenário do céusem céu e que – as estrelas sabem –o crepúsculo urra no tédioeu – arquiteto de cárceresda memória do cinzazuldesnudo do que fui além distanteuma e outrapalavrase es-vaziano grito dos olhosjá fúnebres a urdir a poesiaminha vozjá amarga (n)os tentáculosdo tempo e as pedrasque me consomemeste poetade ecos desvairados(ex)pira e (ex)trai(d)as rochas duras(d)o seu caminhopolindo as unhasah ! há rugas no papelentretecidoonde a poesiaa sorver labirintos de granitoexplora todo sibilar do seu enigmaa pedra se faz poemae verte poesiado próprio ventrebruta nãoquase-paraísomas fragmentossobre a línguavestida de fantasmase viagenscomo um gueto âmbarsem saídaeu – arquiteto de cárceresda memória do cinzazuldesnudodo que fui além distante
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2 comentários:
alumalia
arquiteto
(ag)ora
o cenário do céu
sem céu e que – as estrelas sabem –
o crepúsculo urra no tédio
eu – arquiteto de cárceres
da memória do cinzazul
desnudo
do que fui além distante
uma e outra
palavra
se es-
vazia
no grito dos olhos
já fúnebres a urdir a poesia
minha voz
já amarga (n)os tentáculos
do tempo e as pedras
que me consomem
este poeta
de ecos desva
irados
(ex)pira e (ex)trai
(d)as rochas duras
(d)o seu caminho
polindo as unhas
ah ! há rugas no papel
entretecido
onde a poesia
a sorver labirintos de granito
explora todo sibilar do seu enigma
a pedra se faz poema
e verte poesia
do próprio ventre
bruta não
quase-paraíso
mas fragmentos
sobre a língua
vestida de fantasmas
e viagens
como um gueto âmbar
sem saída
eu – arquiteto de cárceres
da memória do cinzazul
desnudo
do que fui além distante
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